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TENHO MEDO



Viver é extremamente perigoso. Às vezes sinto que o nosso medo de viver é maior que o de morrer.

E tudo bem ter medo. Ele é importante para a nossa sobrevivência. O complicado é quando o medo nos paralisa diante de uma coisa que queremos fazer, diante daquilo que queremos que aconteça.

E aí está a oportunidade de escolha. Não preciso ser destemido para nadar com tubarões, pular de paraquedas ou declarar o meu amor a alguém. Não é questão de não ter medo, mas sim, de minha vontade de fazer ser maior que meu medo.

Quando minha vontade de responder ao meu chefe será maior que o medo que tenho dele? Ou já é maior, mas paro no medo? Será que prefiro alimentar o medo para não respondê-lo? Até quando vou suportar? Ou será que já não suporto mais e isso já está influenciando outros aspectos da minha vida?

Quais têm sido as suas escolhas? Tudo bem parar no medo, se é isso que você quer, se é isso que você sente que deve ser feito e está satisfeito com isso.

Mas, se há insatisfação, se te faz mal; como fazer o que quer, o que sente que deve ser feito e, no final, dar tudo certo, acontecendo tudo da maneira que você gostaria?

Não sei. Viver é incerto. Certo é que meu coração vibra por algo. Aí, é escolher seguir o que faz o seu coração vibrar, o que faz suas pernas tremerem, ou não.

E se der errado? E se você se arrepender depois pelo que fez? E se você se arrepender depois pelo que não fez?

Viver é extremamente perigoso. Mas prefiro me sentir vivo, a esperar a morte morrendo.

Bruno Vicente

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