ONDE ESTÁ A FELICIDADE?
Estava tomando café com um grupo de velhinhos, quando um diz: “Já fui rico, já fui pobre. Com certeza prefiro ser rico”. E riram. Então, o outro velhinho responde: “Também já fui rico e já fui pobre... hoje escolho ser feliz”. E ficou aquele silêncio esquisito na mesa... O que mais queremos na vida é ser feliz. Mas será que sabemos o que é isso? O que é ser feliz? O que é felicidade? Será que a felicidade já chegou e não soubemos aproveitá-la? Será que buscamos algo além da nossa compreensão, algo complexo, difícil de alcançar, quando a felicidade pode ser algo simples, de fácil acesso, que está ao nosso lado todos os dias? Mas claro que eu sei o que é felicidade! Eu sei dos momentos da minha vida em que sinto um grande êxtase, em que o meu coração bate mais forte, eu choro, eu vibro, eu comemoro! Será? Vibramos mesmo? Celebramos de verdade? Ou esse êxtase vem e vai tão rápido como chegou? E quantos são esses momentos? Quanto tempo duram esses momentos? Felicidade não é algo a ser momentâneo que vem de vez em quando... Se for, o que é que existe enquanto ela não aparece? Se felicidade são momentos, como me sinto durante o resto do tempo, da vida? Triste? Com raiva? Anestesiado? Fugindo do que sinto de verdade? Ou será que passo o resto do tempo, de toda a vida, justamente buscando momentos de felicidade, que vem e vão num piscar de olhos? E que nunca me satisfazem, pois estou sempre na busca... Vale a pena passar a vida se esforçando tanto, sofrendo tanto, atropelando tanto, não fazendo o que quer de verdade, por momentos que nunca chegam, que nunca me satisfazem? Eu não gosto de felicidade como um momento. Esse momento, em que sentimos aquela coisa forte e gostosa, eu chamo de euforia. Felicidade, para mim, é um estado de espírito, é um estado de ser. Eu sou feliz. Mesmo quando a tristeza vem ou a raiva, eu sinto as emoções, mas eu estou bem, estou em paz, estou feliz. Eu gosto de ser feliz o tempo todo. Não significa que sou um bobo, que ri de tudo, que não é tocado pelas realidades, responsabilidades e tristezas da vida, não, significa que escolho ser feliz, que me posiciono na vida de forma a ganhar o máximo de energia possível e perder o mínimo. Gosto de estar no equilíbrio... e gosto de sair dele também. É importante, mas volto com facilidade para o equilíbrio novamente. O que não gosto é de ser tomado pelo desequilíbrio e não conseguir sair dele, ou pior, não perceber que estou em desequilíbrio, ansioso, nervoso, infeliz, achando que, na verdade, está tudo bem. Como diria o meu velho amigo, “felicidade é uma questão de escolha”. Quando a gente escolhe ser feliz, nos relacionamos com a vida de uma forma diferente, escolhemos as nossas prioridades e aprendemos a dizer sim para o que queremos e não, para o que não desejamos. E você, o que escolheu? Ou ainda está esperando? Bruno Vicente