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MEDITO PARA ME ENCONTRAR OU PARA FUGIR DE MIM?



A meditação é, por definição, um estado de silêncio completo, a ausência de pensamentos, o momento em que a mente não existe mais. É um caminho de encontro com a nossa verdadeira essência, com a energia que cria e guia o universo.

As práticas mais comuns estão relacionadas a ficar quieto e em silêncio, apenas observando os pensamentos, sem se identificar com eles, até que eles desapareçam e sua atenção esteja direcionada apenas para a sua respiração, o som ao redor ou as batidas do coração.

Uns cinco minutos diários desta prática já fazem bastante efeito, nos sentimos mais leves, mais dispostos, vemos o mundo com mais clareza e tranquilidade, a cabeça parece estar mais relaxada para tomar decisões e as preocupações saem de cena.

Por outro lado, nem sempre isso é possível. A meditação é um momento de presença, de sentir o que se passa dentro de nós e, às vezes, podemos utilizá-la justamente para o contrário, para fugir dos pensamentos, para não pensar em nossos problemas, para fugir da realidade, para fingir que nada está acontecendo e que, na verdade, está tudo bem.

O que não funciona, pois, ao abrir os olhos, a realidade está ali. A meditação nos propicia uma clareza mental e vermos as belezas do mundo. Mas ver o mundo como se fossem só belezas é um engano, é fugir da sua realidade, é não se apropriar da sua responsabilidade

Perceba se você utiliza a meditação como uma fuga ou como um caminho para se entender melhor, para se conectar mais consigo e resolver seus anseios.

Às vezes, meditar é justamente colocar toda a atenção em seus pensamentos, um olhar profundo para si, deixar os pensamentos desenrolarem, amadurecer as ideias, sentir o que os pensamentos provocam em você, o que você sente vontade de fazer ao pensar naquilo e resolver. Boa parte das vezes, meditar é sair da posição de lótus e tomar uma atitude na vida. Afinal, o nada fazer não é o não fazer nada.

Bruno Vicente

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