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Como sei o que Quero?


Tá aí uma pergunta que a gente se faz muitas vezes, em fases diferentes da vida, por necessidades diversas. Não importa, ela tá sempre ali ocupando nossos pensamentos e, na maioria das vezes, a gente erra com ela, não por fazê-la, mas em para quem fazê-la.


Criamos o hábito de direcionar essa pergunta sempre pra alguém fora da gente, como se pais, professores, médicos, terapeutas, amigos ou parceiros tivessem bola de cristal e pudessem adivinhar o que vai dentro da gente.


Eu não sei direito de onde nasce esse hábito, mas tenho um palpite, acho que vem do medo de fazer escolhas erradas e ser julgado. Não importa muito o motivo, fato é que em algum momento da vida, todos nós já paramos pra perguntar à alguém: "E aí, como eu sei o que eu quero?".

Não sei como é pra vocês, mas, pra mim, soa estranhíssimo fazer essa pergunta para outra pessoa. Como EU descubro o que EU quero? A mim, é evidente que, se alguém possui essa resposta, esse alguém sou eu. Afinal de contas, o querer é algo intrínseco, personalíssimo e intransferível, não?!

Sim! Por mais difícil que pareça, você é o único que possui o ferramental necessário para obter essa resposta, afinal, pra saber o que você quer, é necessário perguntar ao cara mais interessado no tema: VOCÊ.


Não tem como qualquer pessoa fora de você conseguir descobrir o que há dentro de você, o que você quer pra sua vida. Por mais tentador que isso seja, não é possível, o outro é o outro, o que ele acha, gosta ou faz não necessariamente agradará e funcionará pra você. O modelo dele, o projeto dele, a trajetória dele funciona pra ele, pois chega no que satisfaz a ele, e não necessariamente satisfará você.


Claro, você pode, se quiser, se inspirar em pessoas, mas é inspiração e não replicação. Lembra que você não é aquela pessoa, não possui as mesmas condições, capacidades e limites dela, você é você, portanto, o projeto é seu, personalizado. É possível ainda buscar ajuda profissional, este vai te conduzir a melhorar as perguntas e, portanto, encontrar melhores resposta, mas lembre-se, tudo que ele fizer será usando VOCÊ como substrato e paradigma.

Essa resposta tão procurada obviamente é simples e, por isso mesmo, é tão difícil, mas completamente possível de ser encontrada, através da observação de si mesmo. É uma combinação de passos que só você pode dar. Volte seu olhar pra dentro, observe a sua vida, as experiências que obteve até agora, o seu repertório, o lugar de onde veio, sua maneira de encarar o mundo. Tenha clareza do seu tamanho, das suas capacidades e limites, saiba onde você está agora, neste exato momento, e onde gostaria de chegar a curto, médio e longo prazo, qual caminho deseja trilhar para chegar lá, quais preços está disposto a pagar, que metas quer atingir, o que faria pra conseguir, o que o faria desistir.


Pergunte pra você, encare seus gostos, vontades, desejos e necessidades, descubra seu brio, mas decida perguntar-se de verdade, querendo de fato encontrar a resposta. Não faça perguntas retóricas, não se contente com a primeira resposta rasa e óbvia que vier, vá além, se questione, se coloque em xeque, se contrarie, pergunte, reflita, encare e aceite a resposta, por mais que não goste ou discorde dela. Aceite-a! Aceitação é caminho necessário para continuar a caminhada ou para decidir alterar a rota.


Fuja de receitas prontas, mergulhe em você, pergunte, pergunte e pergunte de novo, querendo de fato encontrar respostas. Talvez não venha logo de cara, como um passe de mágica, a resposta de milhão de dólares, talvez você descubra antes o que você não quer, e essa também é uma maneira de descobrir-se. Comece agora mesmo, continue quando ficar incômodo e chegue em você e encontre o que você quer.


Para mais bate-papo, acompanhe nosso vídeo "Como saber o que quero?" na Penteadeira Mágica: https://youtu.be/n_Eqesd6FlM


Paula Maria

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